Projeto Carste na Escola

PROJETO CARSTE NA ESCOLA

 

          O Projeto Carste na Escola busca ampliar a consciência de diferentes atores da comunidade que reside e/ou atua sobre terrenos cársticos sobre a alta fragilidade deste ambiente, assim como sobre as medidas conservacionistas necessárias para garantir a produtividade agrícola e a segurança alimentar de sua população. Para a realização dos estudos são aplicadas metodologias participativas que levam os conhecimentos adquiridos no ambiente da universidade para a sociedade, especificamente estudantes, assentados e gestores. Espera-se assim fortalecer os atores essenciais para a transformação da sociedade através do exercício da sustentabilidade.

           Ambientes delicados como as cavernas, os solos e, o Carste de forma geral, ainda são um mistério para grande parte da sociedade, apesar de já serem bastante estudados em pesquisas e trabalhos acadêmicos. Verifica-se assim, a necessidade de maior divulgação dos conhecimentos acadêmicos para as pessoas que vivem direta ou indiretamente do solo e que habitem em regiões que existem cavernas.

           O Carste é um ambiente composto por terrenos formados sobre rochas solúveis, apresentando elevada conexão entre o ambiente externo e o subterrâneo. Tal conectividade confere elevada fragilidade ambiental aos ecossistemas internos e externos, devido a sua natureza subterrânea e aos processos de dissolução aos quais está submetido, e favorece o comprometimento da qualidade de recursos naturais como água, solo e biota. Nas regiões tropicais, os processos de intemperismo são intensos e contínuos, elevando ainda mais os riscos de danos e impactos negativos em áreas cársticas antropizadas, seja pela ocupação urbana, industrial ou uso agrícola. Diante do desafio de conciliar desenvolvimento humano, produção de alimentos e conservação dos recursos naturais é necessário preparar as futuras gerações para lidar de forma consciente e equilibrada com este conflito. A importância e fragilidade do carste como habitat e sua função nos ciclos hidrológicos ainda não é amplamente conhecida pela sociedade.

Contato: rsmomoli@ufg.br