Trilha Virtual Parque Altamiro de Moura Pacheco - Fauna presente no Parque

Como componentes da fauna, na Trilha do Peba é possível avistar com facilidade componentes de mesofauna. A mesofauna ou fauna edáfica, é caracterizada por grupos de espécies de insetos que realizam interações essenciais para a manutenção de funções e serviços ecossistêmicos, como decomposição de matéria orgânica e inorgânica, ciclagem de nutrientes, além de atuarem como indicadores naturais de processos ou distúrbios sofridos no parque (GEDOZ et al, 2021).

Durante o percurso, pode-se encontrar vários exemplares ou rastros dos moradores do PEAMP. Um exemplo abundante ao longo da Trilha, é a Aranha lobo. Com suas teias em forma de funil, a Lycosa erythrognatha utiliza essa estrutura como mecanismo de forrageamento (processo de obtenção de alimentos), para armazenar suas presas. A teia também serve como estratégia de defesa uma vez que as modificações sensoriais na teia sinalizam para a aranha que ela precisa fugir de um possível predador através dos buracos em que geralmente constroem suas teias. Essa espécie é bem adaptada aos ambientes antropizados e pode servir como indicadores de preservação do ambiente (DA FONSECA et al, 2013).

Foto Aranha

Fonte: Helen Andrade, 2022.
 

Além da aranha lobo, outros componentes muito abundantes da mesofauna que estão presentes na Trilha do Peba, são os cupinzeiros e formigueiros. Com uma importância ecológica de alta relevância, os cupinzeiros atuam como principal fonte de alimento do Tamanduá Bandeira (Myrmecophaga tridactyla). O Tamanduá é uma espécie de mamífero endêmico do Cerrado e no PEAMP existem registros da espécie que utiliza o parque como refúgio. Além do Tamanduá, outros mamíferos foram registrados pelo Parque e a maioria deles é classificado em algum nível de vulnerabilidade pela lista da IUCN (International Union for Conservation of Nature’s) e a Lista Nacional do Ministério do Meio Ambiente (SEMAD, 2021).

Veado no PEAMP

Foto: Helen, 2022.