Trilha Virtual Parque Altamiro de Moura Pacheco - Flora do PEAMP
A flora do PEAMP compõe uma paisagem heterogênea e de uma beleza característica do Cerrado. Com a presença de espécies que marcam a cultura goiana como o Pequizeiro (Caryocar Brasiliensis), o Ipê (Handroanthus sp), Aroeira (Miracrodum urundeuva), Peroba (Aspidosperma spp.), dentre outras espécies protegidas, o Parque tem uma flora característica de fitofisionomias diferentes do Cerrado (SEMAD, 2021).
Essa diversidade florística e presença de árvores de alto porte, provocou debates acerca da caracterização do bioma do Parque. Moradores antigos da região acreditavam que a região era um remanescente de Mata Atlântica em Goiás pelas características vibrantes da flora. Entretanto, estudos demonstram que a UC é uma zona de proteção do Cerrado e que é composto por fitofisionomias que lembram o outro bioma por ser região de fronteira (DO PRADO et al, 2006).
O PEAMP é o maior remanescente de mata estacional-semidecidual do Estado de Goiás. Essa fitofisionomia é caracterizada por uma vegetação resistente aos períodos de seca e que perdem suas folhas como mecanismo de sobrevivência, bem como possuem raízes mais profundas para a obtenção de água e nutrientes (SEMAD, 2021). Essa fitofisionomia tem uma característica bem semelhante com a de Savana e é popularmente conhecida como “Savana brasileira”.
Grande parte do Parque é demarcada por essa fitofisionomia, a de Mata Seca e Mata de galeria, que são fisionomias que apresentam diferenças de estratos arbóreos e coberturas vegetais em diferentes níveis, além de outra paisagem predominante, que é uma paisagem antropizada que possui menos evidências da flora endêmica do Cerrado e ganha mais espécies exóticas e de interesse comercial, que ameaçam a flora protegida no PEAMP (SEMAD, 2021).